A
VERDADEIRA MUDANÇA ESTÁ NO PROCESSO DE TORNAR CONSCIENTE O INCONSCIENTE
Todos estamos em um
processo de evolução, e muitos buscam constantemente o desenvolvimento e a
mudança, e o tomar consciência é o primeiro passo para mudar.
Pois tomar consciência é
o que muitos chamam de despertar, ou abrir os olhos do nosso interior para
tornar consciente o inconsciente e, deste modo, poder dar o passo e iniciar a
tão sonhada e necessária evolução pessoal. Nesse processo é de suma importância
nos desprendermos do que machuca e, avançar em direção ao que merecemos.
Muitos pensadores definem
nossa sociedade como adormecida, pois vivemos centrados no nosso “eu”, mas o
pior é que esse “eu” é um “eu” que os outros se encarregaram de “moldar”
através das linhas do consumismo, o que tem explorado nossa eterna
insatisfação, através da qual sempre ansiamos alcançar muito mais do que já
temos.
Seguimos sempre
mergulhados em um estado de apatia indefinível, e uma atmosfera interior na
qual saciamos vazios emocionais através dos prazeres da comida, bebida, jogos,
etc. Em que aliviamos a solidão com relações efêmeras ou onde nos limitamos a
fugir do tédio através da catarse momentânea dos nossos jogos de celular.
Porém é crescente o
surgimento de pessoas que buscam dar um verdadeiro sentido à sua existência. E
que buscam cada vez mais cultivar a sua essência através de leituras, iniciando
terapias, aproveitando as abordagens de diversas perspectivas psicológicas para
encontrar essa compreensão, esse “insight” ou “iluminação” para se desconectar
da manada e buscar seu próprio caminho evolutivo do crescimento pessoal.
Mas como buscar esse
crescimento pessoal?
Na psicoterapia, um dos
aspectos mais importantes do processo de crescimento e um dos principais e mais
complexo trabalho do Psicólogo é conseguir que a pessoa tome consciência dos
verdadeiros problemas que geram seu desconforto. Quando uma pessoa chega para
consultar um psicólogo, geralmente ela é bastante clara sobre quais são os
focos “externos” de seu desconforto, de sua infelicidade (meu parceiro não me
entende, meus pais me oprimem, meu chefe não reconhece meu valor).
Porém, o profissional
precisa orientar e acompanhar essa pessoa para novos “despertares” internos que
irão conferir um controle autêntico e muito mais pleno à sua vida. O qual não é
um processo necessariamente fácil.
É preciso muito trabalho
e tempo para alcançar esse despertar ou o chamado, ”dar-se conta de algo”, uma
compreensão profunda que requer descascar as camadas, as demãos e os antigos
elos enferrujados para ignorar todos os bloqueios que impedem o surgimento ou
conhecimento do nosso verdadeiro ser, nossa verdadeira essência ainda
adormecida.
Mas não se trata apenas
de tornar consciente o inconsciente, é fundamental dar a ele uma nova
construção.
Para exemplificar, vamos
pensar em alguém que no processo de Psicoterapia consiga tomar consciência sua
incapacidade de colocar limites ou de dizer “NÃO”.
Tornar essa dimensão
consciente não servirá de nada se ele não lhe der um propósito, que não é outro
senão o de exercer a mudança, reconstruir essa parte do “eu” para mudar e ter
um maior controle sobre a sua realidade ao sair dessa infelicidade.
E qual o caminho para
mudança?
O primeiro passo nesse
caminho de mudança é abrir os olhos da zona mais íntima e profunda, ou seja,
falar do mundo emocional. Pergunte a si mesmo o que você está sentindo neste
instante, explore as sensações, os sentimentos, pergunte também ao seu corpo,
às suas dores de cabeça, a este mal-estar no estômago… Traduza em palavras
todos esses sintomas (medo, angústia, inquietação, irritação, insegurança…)
Em seguida, observe o que
acontece no seu exterior, olhe para o seu presente e preste atenção no óbvio, o
que muitas vezes recusamos a enxergar, então se pergunte:
Meu parceiro mostra frieza?
Tenho amigos que se
preocupam comigo?
Estou investindo tempo e
esforços em coisas que não valem a pena?
Agora que você já sabe o
que sente e sabe o que acontece no seu exterior, é necessário aprofundar as
suas barreiras defensivas, em seus preconceitos, em suas atitudes, que te puxam
para a zona de conforto, aquelas que te dizem erroneamente que é melhor
aguentar do que mudar, que é melhor virar o rosto, ficar quieto e calar por
medo de que as coisas mudem demais.
A mudança só é possível
quando você enfrente a si mesmo.
Nós devemos ser nosso
melhor amigo, mas podemos ser nosso pior inimigo, então não servirá de nada
tomar consciência de suas fraquezas se você não se atreve a transformá-las em
pontos fortes.
Seja responsável, pense,
reflita, reúna coragem, desenvolva estratégias e exerça a mudança.
E se precisar, busque
ajuda profissional.
Parabéns mais uma vez … falando sempre ao meu coração…..
Olá conceição, fico muito feliz em poder agregar valor, obrigado pelo comentário, isso me ajuda muito a continuar esse trabalho.
Pura verdade! Identifiquei muito com esse artigo! Parabéns
Fico muito feliz em poder ajudar. Abraço!