SENTIR
Por que quando o sorriso chega
Me parece imposto
Por forças que nem mesmo eu entendo
Por que quando a lágrima cai
Me parece imposta
Por forçar que muitas vezes me atraí
E quando sinto esperança
Eu vejo o fim
Quando sinto apatia
Vejo o escuro em mim
Mas é possível sentir esperança?
Me pergunto por horas a fim
E somente a apatia toma conta, agora de mim
Quando chega um outro personagem
Tentando me dizer o contrário
Inserindo óculos para que eu enxergue outro caminho
Mas o caminho está coberto de espinhos
E não vejo ainda coragem
Mas a apatia parece se distanciar
E começo a sentir
Sem saber o que realmente significa
Não vejo mais o fim da partida
Vejo que estou caminhando
E começo a olhar com um zoom interessante
E em frente avisto o horizonte
Que não parece tão confuso assim
Mesmo sem ao certo saber
Mesmo sem as palavras saírem
Mesmo por dentro estando confuso
Mesmo lidando com a dor das asas crescendo
No ar agora já me percebo
Começando a voar o caminho
Mas não como um passarinho
E sim como um beija flor
Tentando parar em cada flor
Que interprete a minha dor
E que me faça entender
Que não posso fugir de sofrer
Pois preciso deixar de apenas existir
Para finalmente viver