
Você já passou por momentos em que sentiu algo que não conseguia nomear?
Já sentiu um aperto no peito que não conseguia entender o verdadeiro motivo?
Nós não somos orientados a pensar nossas emoções.
Somos orientados a fugir dela, ou exclui-la de nós.
Desde criança somos orientados a não sentir medo, raiva, entre tantas outras emoções.
Como por exemplo, quando o pai fala para o filho:
“Porque você está com medo garoto? Você não deveria ter medo disso, se você tiver medo você não fará nada na sua vida.
Mas ninguém explica o que devemos fazer com nosso medo ou como não ter medo.
Ou quando a mãe diz:
“Você não pode sentir raiva disso”, “É feito sentir raiva assim”.
Mas porque eu não posso sentir raiva?
E como faço para não sentir raiva?
Mas pior do que inibir essas emoções, nós não somos orientados a como lidar com essas emoções, e ficamos sem saber o que fazer com aquela emoção que está nós, será que devemos engolir, colocar para fora ou extravasar?
Só ouvimos que não podemos sentir, e o pior é que quando sentimos, acabamos nos culpando por sentir algo que passa a ser um monstro em nossa vida.
E assim crescemos sem saber o que é emoção e em como lidar com elas.
Chegamos nos relacionamentos amorosos e vem aquela sensação de aperto no peito, e não conseguimos saber o porquê, e nem mesmo conseguimos nomear tais emoções.
Será que é angustia, medo, compaixão, saudade, carência, empatia?
É preciso conhecer nossas emoções, e para isso é preciso nos conhecermos, o autoconhecimento é o caminho para uma vida saudável.
Porém o autoconhecimento, não nos leva para uma vida sem sofrimento, sem medo, sem raiva, mas sim para uma vida de conhecimento, onde conseguimos nomear essa emoção e pensar no que fazer com a raiva, com o medo, ou qualquer outra emoção, e desenvolvemos a capacidade de usamos essas emoções a nosso favor e não contra nós.
Pois quando não conseguimos lidar com as emoções, nosso mecanismo de defesa se torna acusatório, passamos a acusar e responsabilizar os outros por nosso sofrimento, e esquecemos que nós temos nossa parcela de responsabilidade na relação interpessoal.