
CONTINUO
Como posso continuar
Sem saber a direção correta
Sem enxergar a verdadeira seta
Que indica a direção
E que direção é essa
Se sigo sempre as arestas
Que me tiram o foco do eu
Que perco todos os dias
Nesse caminhar que arrepia
Só de saber que a estrada é longa
E meu folego esta sempre no limite
Por isso digo sempre que existe
Um inimigo que ninguém vê
Mas eu vejo e não sei como
Pois o que preciso não vejo durante o ano
Que passa enquanto caminho
Mas jamais esqueço do inimigo
Que vejo
Mas não identifico
A menos quando me deparo com o espelho
E a lagrima escorre de meu olho vermelho
Por conhecer e não saber como derrotar
O inimigo que vem me assombrar
Que tento combater de fora para dentro
Mas para continuar caminhando
Preciso todo dia derrotar
De dentro para fora
O inimigo que não quero enxergar