Quantas vezes nos deparamos com pessoas que tendem a culpar os outros e o mundo por suas dificuldades diárias, seja no trabalho, na escola, na vida afetiva, a culpa parece ser sempre do outro. A fala é sempre de…’eu não recebo o aumento que mereço porque um outro colaborador fica puxando o saco do chefe, eu não consigo prestar atenção na aula porque outros alunos tiram minha atenção, aquele moleque entrou na faculdade porque o pai dele paga e assim fica fácil, ou aquela menina preferiu ficar com aquele garoto porque ele tem dinheiro e eu não”.
Mas será que a culpa é realmente do outro, será que eu fiz tudo o que poderia?
Será que eu não insisti em algo que eu sabia que não daria em nada?
Será que o medo de perder o que tenho não me fez deixar de arriscar?
Será que estou trilhando o meu caminho ou tentando seguir o caminho que outra pessoa está fazendo?
Sempre que nos vitimizamos, acabamos colocando a culpa no outro, e deste modo, não desenvolvemos nossa capacidade de reflexão, não desenvolvemos nossa capacidade de reconhecer nossos erros, nossas falhas, de analisar nossas ações. E assim, nos tornamos incapazes de desenvolver nossa inteligência emocional, pulamos a etapa do pensar, passamos da “ação” para a “reação” sem a mínima pausa para o “pensar, analisar, refletir, raciocinar”. E o que conseguimos com isso?
Tristeza, vazio, desanimo e uma vontade extrema de receber ajuda.
E como sair desse buraco de autopiedade?
Como encontrar uma força, uma motivação, uma luz que nos indique o caminho?
Tudo isso precisa ser interno. Precisa vir de dentro de nós
O caminho está em assumirmos nossas responsabilidades, e aceitar que precisamos sim em muitas vezes de ajuda, mas primeiramente precisamos encontrar nossa força e motivação interna.
Pense:
Será que a ajuda não pode começar por nós?
Será que essa ajuda não deve começar com aceitarmos nossos erros, nossas falhas, nossas limitações?
Será que a partir daí não conseguimos trilhar o nosso caminho, do nosso jeito?
Mas como?
É preciso nos libertarmos do…
Medo de errar?
Do que vão pensar de mim?
Do será que sou capaz?
E qualificar esses questionamentos para…
Qual o problema de errar?
Pois…
O aprendizado não está no acerto, na resposta, ou na conquista.
O desenvolvimento vem com…
Os erros.
As perguntas.
As dúvidas.
A derrota nos permite refletir sobre as causas que nos levaram até ela, e os meios de como supera-la.
Precisamos desfrutar melhor do caminho, para que a chegada seja ainda mais saborosa.
E o mais importante é pensarmos qualitativamente, não apenas lembrarmos de algo, não apenas pensar em algo, mas pensar sobre algo.
É importante exercitarmos nossa confiança, e nosso discernimento.
É preciso acreditar em nós.
É necessário aceitarmos nossas limitações.
E encontrar esse equilíbrio não é fácil, mas é sim possível.
E se você não está conseguindo fazer isso sozinho, busque ajuda, não tenha medo, não tenha vergonha, pois é preciso muita coragem para sair da zona de conforto.
Não importa o medo que você esteja sentindo, o que importa é o que você fará com ele, e o que você deixará que ele faça com você.